Assim como a relva Não planeia crescer na primavera Assim Arvoro De estação em estação Sem plano Tutorada pelo sabor do vento Aqueço e subo… Arrefeço e desço… Redemoinho E abro copa
Não possuo forma Não marco dia à floração Ou à semente Não prendo o tempo Nem ao tempo me prendo Arramo liberdade
Sou densa Não se faz em mim Cerceio de noviço Rejeito toda a tonsura (Clareira de mato Que se faz de censura)
Faço-me em dual tropismo Um dia Luz Outro Obscuridade Intuo-me pelo natural
E quando, a primavera Que é minha, a mim Chegar Saberei florar, Frutificar E semente lançar Assim esteja surribada a terra Que encontrar.
1 comentário:
Belo poema, bela sagração da primavera.
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