quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ahhhh!

Uma raiva húmida invadiu-me a face estremunhada da manhã e perguntei-me quem te terá autorizado a atirar, depois de um vira, tudo ao chão.
Não podias por uma vez, uma vez só que fosse, obedecer à vida que em ti saltava?
As linhas de hoje saltam-me da raiva e da saudade. melhor,saltam-me da raiva que visto com a saudade de grandes orelhas, olhar maroto, sorriso de memória terna sobre um corpo de dúvida.
Falo mas falta-me resposta do abstracto: - Nem as estrelas nem as rosas me respondem - questiono mesmo se me ouvem... e a dúvida deixa-me perene a solidão.
Se à hesitação e à duvida não me respondes como segurar a humidade que me escorre do olhar ao coração?
É, quando tudo parte e fico só com o lago que me habita, que a pergunta me sai em riste:
     - Quem te autorizou a morrer?!