quinta-feira, 11 de novembro de 2010

murros em ponta de faca

O vermelho ocaso inicia-se
Está húmido
Caminho lado a lado com a indiferença
Grito dentro que se alastra pelos lábios cerrados
Percurso sinuoso
Deixando na boca a amargura metálica da solidão
Está frio
O desconforto é ainda um sinal
Estou viva!
E o final desta tarde
Pode ainda ser meu
Senhora do fim de uma tarde por escrever
Estou viva!
Não é tarde ainda

2 comentários:

José Veloso disse...

respirei essa vida...

Anabela disse...

De nada já serve pensar-te
Tão grande é a lonjura
Numa nesga de espaço
Onda que não chega
Cabelos que não pendem
Das estrelas pregadas
Em céu pintado de nós
Vento que não acaricia
E seca as cores de esborrachar desejos

De nada já serve pensar-te
Tão grande a lonjura
Numa nesga de espaço
Das tuas folhas
Ao meu azul
Ficaste-me bocadinhos de Lua
Migalha de Luz