sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Orgasmo solar




Senti as barras frias
No calor das minhas mãos
Privadas à liberdade das estrelas
Ouvi os segredos do vento
Arco de violino tangendo as cordas do tempo
Fiz-me corpo de árvore sibilante
Transgredi a tristeza do ocaso
Desenhei um arco de céu na minha cela
E chorei solidariamente os olhos cegos
Por um orgasmo do Sol

2 comentários:

Heduardo Kiesse disse...

estamos presos às nossas celas expostas ao ar livre porém, o sol existe e está lá para manter as cordas intactas!

este teu Poema, gostou de mim, muito!!

curiosa... imagem!!

OutrosEncantos disse...

lindissimo poema, Anabela
é..., a liberdade é uma ilusão!