Espreguiçar o dia nas gotas da janela por abrir
O som incessante da cidade em fundo
Ocultando o sol radioso e quente de manhãs por desembrulhar
Escancaro a janela e o mar mostra-se revolto
Espancando as areias nauseadas pela força da tempestade
Que teima em ribombar no céu negro do alto mar
Um grito de gaivota esfaimada irrompe pelo labirinto
É conduzido ao centro sem qualquer encruzilhada
O bradar de um silêncio ofendido pela lascívia que se derrama em presente
O bote da esperança naufraga na praia das ausências
Mastro partido e velas rasgadas pelos ventos da loucura
Que a solidão levantou numa oferta gravada em segunda mão
O som do silêncio impregna o avesso da alma, a limão e a verde,
No postar de mãos em imprecação pelos não amados
E a janela fecha-se certeza de que nem nada lhes será ofertado
Cuspo o negro do céu por entre o espreguiçar de um dia
Chovo as janelas fechadas ao redesenhar da paisagem
Diluvio o prego na parede que pendura a voz das sedas
Silencío a indignidade e pinto estrelas azuis em pétalas de violetas
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