Chora
A redonda palavra
De luz ofuscada
Chora
Sob o sol intenso
Que lhe abre os véus
Chora
A impudicícia brancura
Sob os céus apagados
Redonda palavra
Lança o encantamento
Da sombra
Que te faz quarto
Abre a bruma dos enigmas
Sobre as águas
Dobra a tua charpa
E amarra o despudor desses raios
Que te desfloram o mistério
Harpeia o breu
Redonda palavra
Veste-te da graça da tua treva
E acende os céus libertos de toda a culpa
Cicia-me o silêncio incognoscível
Que abre a porta indistinta da tua prata
E deixa que se acenda a noite em mim
Sob o pudor dos teus véus.
Só verdades
Há 20 horas
3 comentários:
Venha de lá essa Primavera que trará calor nos dias e aquecimento da Alma :) Lei
Olá, boa noite!
É muito interessante a ideia de colocar música apropriada,
no interior do poema!
*** Quanto à secretária, como refere,
não sei quem fez de minha secretária, em S. Paulo,
no pretérito Domingo,
aquando da apresentação do meu livro.
Sei quem recitou poemas meus...
mas, secretária...
é outra coisa! rs rs rs
Beijinhos
Que bom que correu tudo bem em S. Paulo mesmo sem um secretariado à altura :))))
Gosto do riso da sua poesia
Bem haja Vieira Calado
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